Animais dóceis e rústicos, têm manejo simples e de baixo custo de manutenção, com bom retorno financeiro para a criação comercial
Texto João Mathias
Consultor Ariodante Beneduzzi*
Consultor Ariodante Beneduzzi*
As características são iguais a qualquer boi comum: robusto, possui força muscular e tem boa produção de leite - lógico, no caso das vacas. Mas tudo em menor proporção, pois medem até um metro de altura e pesam menos de 200 quilos, diferença para menos que faz do minibovino o principal atrativo para uma criação rentável. Com tamanho reduzido, resultado da combinação do cruzamento da raça uruguaia miniudi com as européias anas e do emprego de técnicas de melhoramento genético, a versão míni do boi tem utilidade versátil. O animal serve tanto para tração de cargas leves quanto para lazer em hotéis fazendas e áreas de turismo rural. Pequeno e de manejo simples, o minibovino é ótimo no aprendizado de crianças em lidar com animais na hora de passear, tratar e até mesmo ordenhar. Por isso, tem sido bastante procurado por escolas e minifazendas. O processo de interação com o boi em miniatura também já surtiu benefícios em tratamentos alternativos de crianças doentes. Há ainda quem se interessa pelo animal para companhia ou ornamentação de chácaras e sítios. A minivaca é outra boa fonte de renda para o pequeno criador. Gera bezerros, que pela graciosidade do porte, alcançam bons preços no mercado logo que desmamados, aos seis meses. Após a reprodução, a minivaca tem capacidade para produzir de seis a oito litros de leite por dia, que pode ser para consumo direto e utilizado como matéria-prima para a produção de derivados, como queijo e manteiga. Além da boa procura pelo minibovino, a criação é uma atividade fácil. O animal vive solto no pasto ou em piquetes que não precisam de grandes dimensões. Currais com baias, comedouros e bebedouros são necessários, porém não exigem muito espaço. Instalações ociosas na propriedade podem ser aproveitadas, inclusive materiais disponíveis para a construção dos currais. Outra vantagem está na alimentação. O minibovino come forragem e suplemento, mas em quantidade bem menor que os bovinos comuns. Um cuidado importante é em relação à saúde do animal. De acordo com a região onde é criado, o minibovino precisa seguir o programa de vacinação contra doenças, como a febre aftosa. Secretarias de agricultura locais podem informar sobre campanhas das vacinas obrigatórias. De mais a mais, a aplicação de vermífugos a cada três meses é o controle necessário.
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